Amazônia e Nordeste devem sofrer com secas mais longas, enquanto Centro-Sul do país deve ter chuvas mais severas, aponta relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
Há anos, estudiosos e cientistas vêm alertando a população sobre a crise climática no mundo. Até recentemente, essa mudança era considerada apenas uma ameaça futura. Mas o que parece distante, hoje é a realidade no mundo inteiro.
Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), concluiu que a temperatura global pode subir de 1,5°C a 2°C neste século, caso não haja uma forte redução nas emissões de gases de efeito estufa.
Os estudos já previam nas últimas décadas o aumento de eventos extremos, como tempestades, enchentes, furacões, ciclones, secas prolongadas e fortes ondas de calor. A exemplo dos eventos naturais registrados no Canadá, com a onda de calor que matou 486 pessoas, na região da Colúmbia Britânica, em junho deste ano.
O relatório também aponta que alguns impactos das mudanças climáticas se expressam em um prazo mais longo e não são reversíveis no prazo de séculos ou até milênios, como a elevação do nível do mar, o derretimento das placas de gelo e mudanças no oceano, como a acidificação das águas, a elevação da temperatura e a perda de oxigênio.
No Brasil o cenário não é diferente. As projeções regionais do IPCC mostram aumento das chuvas fortes no Centro-Sul do Brasil, com grandes volumes de água concentrados em até cinco dias de chuva, enquanto o Nordeste e a Amazônia devem sofrer com períodos secos mais prolongados.
Pelo relatório, no cenário extremo de aquecimento global de 4ºC, além das mudanças serem mais drásticas nos quadros de chuvas e secas, o país também deve ver alterações mais marcantes no volume de precipitação anual, que fica mais escasso na região Norte e mais volumoso no Sul e Sudeste.
Já com relação ao Norte, Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste, o estudo aponta projeções no aumento de secas agrícolas e ecológicas, em um cenário de aquecimento global de 2°C. Com o tempo mais árido, é esperado o aumento de incêndios, com impactos para os ecossistemas, a saúde humana, a agricultura e a silvicultura, segundo indica o IPCC.
Diante do problema, o Diretor Comercial da Essencial Aterro Sanitário e Industrial, Heitor Pampolini, incentiva que atitudes para diminuir o impacto das mudanças climáticas devem começar na vida de cada cidadão. “Consumo consciente, uso de transporte público, redução no uso de água e energia elétrica, reuso de materiais. Esses são alguns exemplos de ações que podemos desenvolver dentro de nossas casas para contribuir com a diminuição do impacto das mudanças climáticas e aumentar a qualidade de vida no planeta. Se cada pessoa fizer a sua parte, certamente teremos resultados possitivos”, reforça.
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