O resultado da atividade humana é a grande vilã da contaminação do solo e põe em risco a disponibilidade da água potável.
Já não é segredo que a contaminação do solo e das águas subterrâneas, quase sempre, é resultado da atividade humana. Nas áreas de grande concentração populacional, por exemplo, o solo e as águas subterrâneas estão constantemente vulneráveis a uma potencial poluição, seja ela intencional ou não.
Para as águas subterrâneas, entre as principais fontes potenciais de contaminação estão os lixões; aterros mal operados; acidentes com substâncias tóxicas; atividades inadequadas de armazenamento, manuseio e descarte de matérias primas, produtos, efluentes e resíduos em atividades industriais, como indústrias químicas, petroquímicas, metalúrgicas, eletroeletrônicas, alimentícias, galvanoplastias, curtume, etc.; atividades minerárias; vazamento das redes coletoras de esgoto; o uso incorreto de agrotóxicos e fertilizantes; além da irrigação que pode provocar problemas de salinização ou aumentar a lixiviação de contaminantes para a água subterrânea; e outras fontes dispersas de poluição.
Assim como nos lençóis freáticos, para o solo a contaminação gera inúmeras consequências. Como o desequilíbrio de ecossistemas, a saturação do solo, a formação de gases no subsolo, formação de lamas de esgotos na superfície, mudanças na densidade e consistência do solo, impregnação de substâncias poluentes são algumas dessas consequências que causam diversos efeitos como desfertilização do solo, extinção de plantas e animais, elevação das temperaturas do solo entre outras.
Seja no solo ou nas águas subterrâneas, um os lixões e aterros irregulares presentes na maioria dos estados brasileiros são um dos maiores responsáveis pela contaminação dos nossos recursos naturais. “Só no Brasil são aproximadamente 3 mil lixões, sendo mais de 12,9 milhões de toneladas por ano despejadas em locais que geram grandes riscos para o meio ambiente. Sendo que mais da metade dos municípios brasileiros possuem algum tipo de situação irregular em relação à disposição dos resíduos sólidos”, lembra Heitor Pampolini, diretor comercial da Essencial Aterro Sanitário e Industrial, pertencente ao grupo Amplitec, uma empresa licenciada para recebimento de resíduos sólidos urbanos e industriais com vida útil de mais de 39 anos.
Uma saída para os lixões e, consequentemente para a contaminação do solo e águas, são os aterros sanitários, que dispõem de formas de disposição de resíduos sólidos urbanos com padrões aceitáveis, quanto a danos à saúde pública e ao meio ambiente, mais utilizados atualmente. “Estes empreendimentos possuem uma série de cuidados quanto ao controle e captação dos líquidos e gases gerados pelo lixo utilizando técnicas de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com camadas de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, minimizando os prováveis impactos ambientais. Sendo a área onde um aterro é implantado segue condições estabelecidas em Normas Brasileiras de Regulamentação – NBR”, explica o diretor.
O que você pode fazer!
Veja algumas ações que você pode fazer em casa para evitar a contaminação das águas e do solo:
- Separe o lixo!
Comece separando o lixo seco do úmido em casa.
- Seja Consciente!
Pratique a educação ambiental e faça uso consciente da água.
- Nada de óleo!
Não descarte o óleo de cozinha no ralo. Guarde o produto em uma garrafa e entregue para uma cooperativa para que possa ser transformado em sabão ou aproveitado da melhor forma.
- Adeus, produtos químicos!
Use menos produtos químicos para limpar a casa. Opte por produtos biodegradáveis.
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