Segundo dados do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos do Brasil, o país gera 82 milhões de toneladas de lixo todos os anos e recicla apenas 2%. E não para por aqui. Juntos, hospitais, clínicas e laboratórios produzem cerca de 253 mil toneladas de resíduos hospitalares, e os números mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) mostraram que a quantidade de lixo desse material cresceu 14,6%. Ainda de acordo com dados da Organização, o aumento tem relação direta com a pandemia da covid-19.
Mesmo diante do aumento na produção de lixo hospitalar, ainda existe baixa coleta que provocam, além de riscos ambientais, a exposição da população ao contágio de doenças graves à saúde. A OMS, revela que cerca de 15% do lixo hospitalar é considerado perigoso, já que possui caráter tóxico, infeccioso ou radioativo. Caso seja despejado no meio ambiente, por ser formado por seringas, recipientes, tecidos, partes de órgãos, sangue e excreções humanas, o lixo infectante pode contaminar o solo e lençóis freáticos, prejudicando plantações e podendo causar problemas à saúde. Assim, o simples contato com água contaminada ou com o próprio lixo, pode transmitir doenças através de bactérias ou vírus mais agressivos, como AIDS e Hepatites.
Por esta razão a coleta de resíduo hospitalar deve ser periódica e obrigatória, para evitar a proliferação de micro-organismos nocivos, preservando-se a vida humana e a natureza. Para isso, é necessário entender que para um bom serviço de coleta de resíduos hospitalares é importante conhecer a classificação dos resíduos gerados por seu negócio e quais os procedimentos devem ser tomados em cada grupo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na RDC 306/2004, prevê que o resíduo hospitalar pode ser categorizado nos seguintes grupos:
A: são resíduos carregados de agentes biológicos que podem causar risco de infecção;
B: são resíduos carregados de substâncias químicas nocivas à saúde pública ou ao meio ambiente;
C: são rejeitos radioativos, como papel raio-x, por exemplo;
D: são resíduos comuns, semelhantes ao lixo urbano, que não apresentem risco à saúde ou ao meio ambiente;
E: são materiais perfurocortantes ou escarificantes, como agulhas e lâminas, por exemplo.
Após a identificação do grupo, conforme rege o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços da Saúde (PGRSS) previamente traçado, o estabelecimento deve acionar a contratação de empresas especializadas para realizar a limpeza técnica e destinação dos resíduos.
Sua empresa tem seguido as normas e respeitado o meio ambiente?
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