A data chama atenção para o cenário de devastação ambiental e para as queimadas desenfreadas.
Criado para celebrar a chegada da primavera, o dia 21 de setembro, Dia da Árvore, já não traz apenas flores. A data chama a atenção para a devastação ambiental e para as queimadas desenfreadas em todo o mundo. Além disso, ressalta a importância da preservação ambiental e do combate ao desmatamento para a sobrevivência de diversas espécies, inclusive, a humana.
Um exemplo claro de destruição em ritmo acelerado no Brasil, é a floresta amazônica. Dados de monitoramento por satélite divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a taxa de desmatamento na Amazônia aumentou 34% nos últimos 12 meses, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A comparação refere-se ao período de agosto de 2019 a julho de 2020, que é o calendário oficial de monitoramento da Amazônia, usado pelo Inpe para calcular as taxas anuais de desmatamento. Mais de 9,2 mil quilômetros quadrados (km2) de floresta foram derrubados nesse período, o que corresponde a uma área equivalente a seis vezes o tamanho do município de São Paulo, comparado a 6,8 mil km2 no período de agosto de 2018 a julho de 2019, que já trouxe um aumento de 50% em relação ao ano anterior.
Como os números do desmatamento só crescem Brasil fora, as suas consequências geram sérios prejuízos ao ambiente, como as alterações climáticas – ao considerar que são as florestas as grandes reguladoras da temperatura e o regime de ventos e chuvas -, a diminuição da biodiversidade, a degradação do solo e dos rios e tantos outros prejuízos.
Você deve estar se perguntando: se o desmatamento gera tanto mal porque ele continua? Para o Diretor Comercial da Essencial Aterro Sanitário e Industrial, Heitor Pampolini, entre as principais causas do desmatamento no país, se destaca a impunidade a crimes ambientais. “Todos os dias ouvimos notícias sobre o desmatamento ilegal realizado por diversas empresas que vem colaborado com a desflorestamento. Muitos desses crimes ambientais seguem sem punição por falta de uma legislação mais perene e fiscalizações mais incisivas. Enquanto não houver uma verdadeira punição para esses crimes eles continuarão a acontecer”, defende.
Que tal fazer sua parte?
Ainda que seja um problema de larga escala, você também pode fazer a sua parte para celebrar o Dia da Árvore, durante todo o ano. Veja cinco dicas que podem ajudar a combater o desflorestamento no país:
- Compre produtos de madeira certificada
Questione a origem dos produtos feitos de madeira, como móveis e papel. Verifique se a sua fonte é legal e sustentável, e opte pela compra de itens produzidos com madeira certificada.
- Reduza o consumo de papel
O papel pode ser limitado ao estritamente necessário. Ainda que a maior parte da produção de papel venha de florestas plantadas e não nativas, economizar papel é evitar o gasto de água, energia e emissão de gases de efeito estufa em seu processo produtivo.
- Plante árvores
A vegetação diminui o índice de gases tóxicos na atmosfera quando realizam a fotossíntese. Não é atoa que as plantas são conhecidas como sequestradoras de CO2. Além disso, plantar árvores nativas para a recuperação da nossa cobertura vegetal contribui para a manutenção da nossa biodiversidade, além de melhorar a qualidade do ar.
- Separe o lixo e recicle
Boa parte do lixo produzido pelo ser humano demora muitos anos para se decompor por completo e, enquanto isso, poluem o ar, a água e a terra, prejudicando a germinação de das sementes no solo. Para minimizar esse problema, é preciso investir e colaborar para a coleta seletiva, garantindo que eles recebam o devido tratamento e sejam encaminhados para a reciclagem.
- Economize água
Poupar água nunca é demais por isso, independente da data essa dica precisa ser praticada. A água é um bem muito valioso e, por isso, deve ser consumida de maneira consciente. Sempre feche a torneira enquanto estiver escovando os dentes, tome banhos rápidos e evite o desperdício.
Gostou das dicas? Então faça a diferença no Dia da Árvore!
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