Dia Mundial dos Animais: conheça as espécies em extinção no Brasil

Dia Mundial dos Animais: conheça as espécies em extinção no Brasil

Com o vai e vem dos grandes centros urbanos e a presença cada vez mais marcante das máquinas, pouco nos damos conta da real situação que se encontra a fauna brasileira. Para algumas pessoas, certas espécies de animais só são conhecidas com a ajuda da internet ou através da tela da televisão em filmes, desenhos e seriados. 

O fato é que a realidade não é nada animadora. De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), órgão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unicef) que monitora a vida natural, atualmente existem cerca de 39 mil espécies em risco de extinção globalmente. 

No Brasil, segundo a pesquisa Contas de Ecossistemas: Espécies ameaçadas de extinção no Brasil 2014, realizada pelo IBGE e divulgada em 2020, o Brasil tinha 3.299 espécies de animais e plantas sob risco de desaparecimento até o ano em que o estudo foi realizado, o que representa 19,8% do total de 16.645 espécies analisadas. Conforme a pesquisa do IBGE, “a Mata Atlântica se destaca pelo número total de espécies ameaçadas, e também proporcionalmente à sua alta riqueza de espécies avaliadas”.

Entre os principais fatores que ameaçam uma série de espécies no país estão a caça predatória, destruição de habitats, introdução de espécies exóticas, poluição, entre outras causas ligadas à presença humana. “O principal agente causador da extinção dos animais é o próprio ser humano. Seja resultado da abertura de grandes áreas para implantação de pastagens, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição ou incêndios florestais”, pontua o Diretor Comercial da Essencial Aterro Sanitário e Industrial, Heitor Pampolini. 

Luta e conscientização

Criado para celebrar o Dia Mundial dos Animais, o dia 4 de outubro incentiva a reflexão sobre como é importante cuidar da vida animal, em todas as suas formas. “O primeiro passo para protegermos nossos animais é a conscientização. Essa é uma missão que deve começar dentro de casa, com nossos filhos, na escola, entre amigo”, avalia Heitor Pampolini.

Apesar de estarmos entre os países considerados mais ricos em biodiversidade, existem animais presentes nas regiões brasileiras que podem ser extintos em poucas décadas e outros que já nem existem mais. Confira 5 das principais espécies em extinção no país:

• Ararinha-azul

A ararinha-azul é uma espécie de arara que costumava ser bastante comum nas regiões da Caatinga e no Cerrado. Considerada extinta na natureza, a espécie só existe em cativeiros e zoológicos atualmente. Um dos principais motivos para sua extinção é a caça e o tráfico de animais, além da destruição de seu habitat pela mão humana. É um dos animais em extinção do Brasil que mais recebe atenção internacional.

• Lobo-guará

O lobo-guará é um animal que habita o bioma do Cerrado. Principal canídeo da América do Sul, o nosso lobinho está considerado em risco de entrar em extinção devido à recente redução de sua população. Seu habitat comum era a Mata Atlântica e os Pampas, mas acabou sendo afastado de lá e foi para o Alto Pantanal, para o Cerrado e, em casos raros, para a Caatinga.

• Tartaruga-cabeçuda

A tartaruga-cabeçuda (ou tartaruga-comum) não habita somente o nosso país. Entretanto, é comum que esse animal bote seus ovos na costa brasileira, especialmente nos estados do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. A espécie é considerada ameaçada de extinção e boa parte desse processo está relacionado com a destruição de seus ovos na praia.

• Jacaré-do-papo-amarelo

O Jacaré do Papo Amarelo é um dos animais em extinção no Brasil. Segundo o Ibama, a destruição de seu meio ambiente – como as queimadas no Pantanal – e a poluição nas águas têm causado uma redução considerável de sua população nos últimos anos.

• Macaco-prego dourado

O macaco-prego dourado é um animal natural da Mata Atlântica nordestina. Também conhecido como macaco-prego galego, ele está em grande risco de extinção, segundo os especialistas. Hoje, ele habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte.