Utilizar os recursos de maneira racional é o primeiro passo para um desenvolvimento sustentável duradouro.
Todos os anos somos surpreendidos com as mais variadas criações tecnológicas, as novas tendências da moda e tantos outros discursos que surgem com o objetivo de nos fazer consumir produtos que pensamos precisar. De fato, alguns são necessários, todavia, nem sempre o que está em jogo é a necessidade, e sim o desejo de possuir.
E se houvesse uma maneira em que tudo que fosse consumido voltasse ao seu lugar de origem, pudesse ser reaproveitado e distribuído novamente para compra? Por exemplo, você adquire uma televisão, ela passa pelo processo de fabricação, depois consumo, e por fim é descartada e vai parar em um aterro sanitário seguindo o conceito da Economia Linear. Já na proposta da Economia Circular, a TV retorna ao seu produtor sendo de alguma maneira reaproveitada por ele, evitando a geração de resíduos e contribuindo para a geração de lucro.
É exatamente no modelo da Economia Linear que vivemos hoje, que não é nem um pouco sustentável por explorar os recursos naturais e pela grande quantidade de resíduos gerados. É um ciclo de exploração das matérias-primas, produção e descarte.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em comparação com países da América Latina, o Brasil se destaca na geração de lixo, o país produz 541 mil toneladas de lixo por dia, assustador não é mesmo?
O que era fim, pode se tornar um novo começo
Essa é a proposta da Economia Circular, além do 3R que já conhecemos: reduzir, reutilizar e reciclar, entram na história da economia restaurativa e regenerativa. Utilizar os recursos de maneira racional é o primeiro passo para um desenvolvimento sustentável duradouro. Na criação, os produtos nesse novo modelo econômico devem ser feitos a partir de materiais facilmente recicláveis e que não apresentem perigo (substâncias não tóxicas e puras), isso facilitará com que os produtos voltem a circular contribuindo para a economia.
A Fundação Ellen MacArthur é precursora em apoiar e espalhar a mudança de empresas para esse novo modelo. Eles criaram uma rede de empresas parceiras que acreditaram e colaboraram com a nova estrutura, a chamada CE100 (Circular Economy Hundred) inclui na lista nomes como: Coca-Cola, Renault, Philips e tantas outras.
Utilizar de forma mais eficiente os recursos naturais, prolongar o uso de produtos através da reutilização, reduzir a quantidade de substâncias tóxicas na fabricação, intensificar o uso de matérias-primas secundárias através de processos de reciclagem e reaproveitamento são algumas das propostas da fundação.
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