Além de preservar o meio ambiente, substituir a carne por alimentos de origem vegetal ajuda a reduzir as chances de doenças como o câncer
Presente em 44 países incluindo o Brasil, o projeto tem conquistado cada vez mais simpatizantes. A segunda-feira foi o dia escolhido por marcar o início da semana e por ser considerada para a maioria das pessoas um bom dia para iniciar novos hábitos. O principal objetivo da campanha “Segunda Sem Carne” é promover mudanças em favor da saúde e do meio ambiente.
Mas você sabe como tudo isso começou?
Assim como o nome sugere, o projeto propõe a redução do consumo de carne em um dia específico da semana. Além de ter como foco a preservação do meio ambiente e a saúde das pessoas, a ideia também prioriza o maior consumo de verduras, legumes e frutas durante esse dia, no lugar da carne.
Por mais novo que pareça ser o conceito da campanha Segunda Sem Carne, originalmente ele é bem antigo. Durante a Primeira Guerra Mundial, a agência U.S. Food Administration, responsável pelo estoque e fornecimento de comida das tropas americanas, teve a brilhante ideia de incentivar famílias a reduzirem o consumo de alguns alimentos que poderiam ser enviados para os militares. Assim, nasceu a Segunda Sem Carne e consequentemente a Quarta sem Trigo. A frase “Food will win the war” (a comida ganhará a guerra) era propagada pelo governo da época.
Algum tempo depois, já em 2003, a campanha retornou aos Estados Unidos com o objetivo de prevenir problemas de saúde provocados pelo consumo excessivo de carne. Desde então, essa prática tem sido popularizada e usada por muitos países, incluindo o nosso. No estado de São Paulo, por exemplo, o projeto Alimentação Escolar Vegana tem ganhado força desde 2011, por meio de ações governamentais os alunos da rede pública de ensino se alimentam de refeições livres de ingredientes de origem animal. Através dessa ação, cerca de 1 milhão de alunos são atingidos e 436 toneladas de carne são economizadas por ano. Além disso, alguns restaurantes sugerem em seus cardápios opções apenas com proteína vegetal ao invés de animal, reduzindo o impacto do consumo de carne, é o que aponta a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).
E por quê aderir a Segunda Sem Carne é tão importante?
Bom, de acordo com pesquisas nutricionais feitas por órgãos como a Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá e American Institute for Cancer Research, dietas com base na origem vegetal podem reduzir o número de mortes da população mundial em até 8 milhões, até 2050. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), alerta que carnes vermelhas como de boi e porco, quando consumidas em excesso, podem facilitar o desenvolvimento de alguns cânceres. Em contrapartida, a alimentação de origem vegetal pode evitar doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão arterial, diabetes e alguns tipos de câncer.
Além da preocupação com a saúde humana, temos a questão ambiental batendo na porta. A criação de animais para o abate consome grande quantidade de água, uso de combustíveis fósseis, pesticidas e outras substâncias tóxicas. Para se ter noção, só a pecuária é responsável por quase 15% da emissão de gases que causam o efeito estufa e cerca de 80% do desmatamento em terras brasileiras e a redução do consumo de carne ajudaria a reduzir esses índices.
Sem perda nutricional
Se você está se perguntando sobre as proteínas presentes na carne, não se preocupe. Existem alimentos de origem vegetal que são ricas fontes de proteína e podem substituir o consumo de carne. Mas vale lembrar que é importante conversar com um nutricionista antes de iniciar qualquer alteração em seu plano alimentar.
Agora que você conhece os objetivos da Segunda Sem Carne, que tal fazer parte dessa campanha?
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